“Eu sempre soube que levantar Teu nome causaria controvérsia”, disse Neymar após ter prisão solicitada pela Promotoria Espanhola, por fraude em sua transferência para o Barcelona.
“Eu sempre soube que levantar Teu nome causaria controvérsia, discórdia, inveja, mau olhado e todas as coisas ruins... Porque Tu, o Senhor, é o Deus que me ilumina e me conduz pelo Teu caminho... E sabemos nós que todas as lutas são contra os principados e potestades, mas juntos, como FAMÍLIA, venceremos mais uma e saberemos que virão mais, mas nós estamos preparados... nós temos JESUS!”, publicou o atacante.
A acusação de corrupção contra Neymar, sua família, dirigentes do Santos e Barcelona foi apresentada na Justiça da Espanha pelo DIS, uma empresa de fundo de investimento no futebol. Apresentada nesta quarta (23), a acusação pede que o camisa 10 da Seleção seja condenado a cinco anos de prisão e fique impossibilitado de jogar futebol durante esse período.
A Promotoria Espanhola também fez parte da acusação, requisitando dois anos de prisão e uma multa de € 10 milhões (R$ 35,9 milhões) para o atacante brasileiro. Além disso, o fundo de investimento quer uma indenização entre € 159 e € 195 milhões (R$ 571 a R$ 700,3 milhões) por conta da transferência do jogador para o Barcelona em 2013.
Os dirigentes do time espanhol também estão na mira da DIS, que pede oito anos de prisão para o atual presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, e seu antecessor no cargo, Sandro Rosell.
Entenda o caso
A família de Neymar é acusada de omitir o valor verdadeiro da transação do atleta para o Barcelona, em 2013. Logo após a transferência, Santos e Barcelona haviam declarado oficialmente que a negociação representou 17,1 milhões de euros. No entanto, a Audiência Nacional concluiu que o valor ultrapassou 83 milhões de euros.
A DIS recebeu 40% de 17,1 milhões. O Santos possuía 55% dos direitos econômicos de Neymar e o fundo de investimento Teísa possuía 5%.
Paralelamente ao acordo, o Barcelona pagou 40 milhões de euros diretamente para a empresa N&N, dos pais do jogador. No processo que tramita na Espanha, a DIS entende que essa quantia fazia parte da negociação e que, portanto, deveria ser repartida entre os então detentores dos direitos. Já a promotoria entende que a negociação paralela entre Barcelona e empresa da família Neymar violou o regulamento de transferências da Fifa.
O pai de Neymar rebate, informando que esse valor se referia a "direito de preferência", que em nada estaria atrelado ao acordo formalizado entre Barcelona e Santos. O pai do craque justifica que vendeu a preferência de negociação ao Barça para quando o atacante ficasse livre e com os direitos em mãos — Neymar Júnior teria passe livre do Santos em 2014.
O pai de Neymar diz que o Barça se antecipou e decidiu fazer acordo com o Santos um ano antes, em 2013, quando já havia pagado à N&N o "direito de preferência".
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