Na última segunda-feira (17) a Festa Nacional da Música promoveu um debate sobre dois assuntos. O primeiro foi "A nova Música Cristã: De onde viemos, para onde iremos?" e contou com a presença de do cantor Paulo César Baruk, Pastor Lucas, Alomara (MK Music), Renata Cenízio (Universal Music Christian Group), Eli Soares, PG e Cláudia Fonte (Som Livre).
“Eu sou pastor de jovens da minha igreja e a gente precisa entender que quem dita o mercado cristão é a igreja. A igreja é a ponte. Há pouco tempo atrás era ruim você falar que era um cantor. Você tinha de dizer que era um adorador. O adorador não necessariamente canta, todo cristão tem que ser adorador. Agora já tá ficando chato falar que é adorador. Parece que tem uma arrogância em dizer que é adorador agora”, opinou o Pastor Lucas.
Já o cantor PG comentou sobre o posicionamento da igreja sobre a diversão. “Eu acho que a igreja não entende que a diversão também faz parte da igreja. As pessoas acham que diversão está no mundo. Você assiste um filme da Marvel, mas quando você fala de diversão na igreja é pecado. A gente tem que tomar cuidado com isso. O pecado é aquilo que você é e o que você faz. Se o seu caráter não é transformado, a gente coloca tudo na mesma panela. Todo mundo vai errar um dia, mas o problema é que você acha que o erro do outro compensa o de todo mundo e todo mundo está no mesmo erro”, disse.
Ministério ou Carreira?
Já no segundo debate, com o tema “Cantor Gospel tem carreira ou Ministério?”, contou com a presença de outros artistas como Clóvis Pinho e Weslei Santos, ambos do projeto Preto no Branco, Daniela Araújo e Fábio Sampaio, vocalista da banda Tanlan.
O primeiro a se colocar foi Fábio que pontuou que é possível sim um cantor cristão ter carreira. “Acho que ficou bem claro aqui que tem carreira. Alguém ficou com dúvida nisso? Todo mundo quando se referiu a sua própria história, falou ‘a minha carreira’ e carreira nada mais é que uma história profissional que a gente tem. No seu trabalho você pensa no seu plano de carreira. Você quer ter um crescimento. Na história da música, não muda nada isso”, disse.
Já Paulo Cesar Baruk disse que às vezes os dois não se conciliam. “Ministério e profissão às vezes se conciliam. Não sei se todas as vezes. A gente pode tornar em ministério, já que a ideia do serviço é um ministério, tudo o que a gente faz na vida”, disse.
Cantores cristãos se fizeram presentes no debate promovido pela Festa Nacional da Música. (Foto: Reprodução).
“Então , o medico exerce seu ministério na medicina e enfim. Eu enxergo de verdade, além dessas limitações, de que ministério tem haver com quem pega o microfone nas mãos. O ministério tem haver com quem se dispõe em chegar na necessidade do outro como sua prioridade de vida”, pontuou.
Logo após, Daniela Araújo se pronunciou. “Ficou bem claro para todo mundo que cada caso é um caso. No nosso caso, que cantamos profissionalmente, nos temos o ministério e carreira. Mas, muitas vezes a gente não sabe, não tem como julgar, não tem como saber quem realmente tem um ministério, quem realmente tem uma carreira”, colocou.
“A gente realmente tem apenas que ser verdadeiros, porque é uma carreira e é um ministério. É isso o que eu penso”, disse.
Já o cantor Geraldo Guimaraes ressaltou que existem pessoas que usam o termo “ministério” sem ser na verdade. “Eu acho que dentro da nossa caminhada, o nosso ministério pode estar estabelecido e bem definido. A nossa caminhada ministerial não concorre com aquilo que pode ser chamado de carreira. Existe uma arte sendo desenvolvida e existe um ministério sendo estabelecido”, disse.
“Muitas vezes usam o ministério mesmo não acontecendo esse ministério. Eu fico mais preocupado não em evitar usar o termo ‘carreira’, mas fico preocupado em chamar de ministério aquilo que não serve a Deus”, pontuou.
Clóvis Pinho do Preto no Branco, que já fez parte do grupo Renascer Praise, também opinou sobre o assunto. “Parece que é óbvio e chega a ser redundante. Porque eu posso além de ter uma carreira, eu posso ter uma carreira ministerial. Porque carreira é a sua trajetória profissional. Se trata de uma trajetória profissional que você constrói. Que você pode ter sucesso ou não. Ministério é algo que já nasce com um sucesso”, comentou.
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