Record usa pai de santo e cartomante para divulgar “Os Dez Mandamentos”

Ação de marketing contraria o que a IURD sempre pregou

Ação de marketing utilizada pela Rede Record, emissora ligada à Igreja Universal do Reino de Deus está surpreendendo a muitos. Existe uma grande expectativa para que o filme continuação da novela Os Dez Mandamentos seja um ‘fenômeno’ nos cinemas.
O longa-metragem que conta a trajetória de Moisés entra em cartaz dia 28 de janeiro, em cerca de 1.000 salas. Até o momento foram vendidos mais de 1,5 milhão de ingressos, divulgou a emissora.
Na tentativa de tentar ampliar o alcance, vídeos postados nas redes sociais da emissora usam seguidores de umbanda e candomblé. Também aparece uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida.
Tentar promover o filme como um evento não apenas para evangélicos seria natural, mas chama atenção o fato que adeptos das religiões afro sempre foram tratados como seguidores de demônios pela Igreja Universal.
Seu fundador, Edir Macedo escreveu um conhecido livro sobre isso chamado “Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios?”. Adeptos dessas religiões comumente aparecem nos programas de TV e nos cultos como pessoas endemoninhadas que precisam de libertação.
A imagem da santa remete a um episódio polêmico.  Em 1995, um pastor da IURD apareceu na Record chutando uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida.
Na campanha de divulgação de Os Dez Mandamentos, no entanto, foi postado no Instagram oficial da Record vídeos com adeptos de outras religiões afirmando que verão o longa-metragem.
Além de uma católica que posou ao lado de uma santa, há um homem dizendo: “Sou candomblecista, sou do axé de Ketu. Sou filho de Xangô. E eu também vou assistir ao filme Os Dez Mandamentos”.
Um terceiro depoimento mostra uma mulher chamada Rose com um longo vestido branco, dançando e rodando. “Quero assistir a Os Dez Mandamentos. Sou do candomblé”, declara. Curiosamente, o comentário do perfil oficial foi “O cadomblé marcando presença nas salas de cinema”.
Um outro vídeo mostra uma mulher que olha para a câmara e diz: “Meu nome é Fátima, eu sou da umbanda e sou cartomante. E vou assistir Os Dez Mandamentos”.
Chama atenção que este material está ao lado de vídeos de pastores evangélicos de outras igrejas evangélicas, como a Comunidade Cristã Recomeçar e a Aliança Profética.
Na tentativa de atrair um número maior de expectadores, a Record/IURD acaba mostrando uma incoerência muito grande ao valorizar o que sempre condenou. Os comentários postados na rede social mostram que a ação de marketing é polêmica. Há muitas pessoas “comemorando” que adeptos de outras religiões verão o filme e poderão ser “tocados” pela mensagem. Mas há quem chame atenção do fato que a Record nega o que as igrejas universais sempre pregaram. Com informações Notícias da TV

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